118ª Edição
SETEMBRO
O conhecimento não é vertical. #th
EDITORIAL
Querido leitor, logo nas primeiras palavras eu já gostaria de expressar um afeto que não determinasse gênero, e isso não é por causa de moda ou seja lá qual a corrente você prefira pensar. Ao escrever eu sempre quis me expressar ao ser humano independente do seu sexo ou orientação sexual. Dito isso, vamos ao centro da questão e o que me trouxe novamente aqui.
Por esses dias conversando com um amigo, metaforicamente eu dizia que as vezes parece que durante a vida vivemos apagões na nossa cronologia como se mudássemos de fase em nossa evolução, como se a gente passasse a ser ou viver com um grande esquecimento do passado e entrássemos em um novo período do presente ao futuro. E ele me ilustrou com uma fantástica percepção:
Você sabe qual a diferença entre fase e ciclo?
Vou replicar não com a mesma força original mas com o dicionário: fase representa cada período, cada uma das etapas de algo em desenvolvimento. Ciclo é a transformação de um sistema; período após o qual fenômenos astronômicos acontecem.
Na nossa vida vivemos inúmeras fases e conforme o progresso de cada um vive-se alguns ou muitos ciclos, que representam transformações profundas em nossa existência, ciclos são raros e significativos, fases são mais comuns mas de enorme relevância, o que demonstra que estamos em constante mudança e mudar é importante pois rompe com aquilo que já sabemos ou estamos habituados, nos provoca, nos faz ter que descobrir coisas novas, encontrar novos caminhos e erguer soluções, porque o que havia antes pode ser que já não exista mais.
Trago essa passagem para simbolizar uma nova mudança na Revista Betim Cultural (RBC), que prefere ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo, diria Raul Seixas. Se você acompanha minha trajetória na revista e a história dela propriamente dita, tenho muito a te agradecer. Na filosofia espírita aprendi que quando você ilumina o caminho de alguém, na verdade ilumina ainda mais o seu. Isso não pode ser forçado, tem de ser natural e comprovo isso. A Betim Cultural me iluminou em diversos sentidos e com um texto nela publicado, provocou em mim o inicio de um novo ciclo em minha passagem pela Terra…
Sem mais extensão, quero te dizer que defino aqui na edição 118 o começo da 4ª GERAÇÃO DA REVISTA BETIM CULTURAL.
Você pode entender mais dessa história nos seguintes tópicos:
O que marca essa nova fase são três fatores:
1. A decisão da então editora Pamela Sobrinho ao deixar as editorias em que esteve a frente por 6 anos. A saber a revista fez em 2019, 11 anos de existência, a importância da Pamela foi de vital relevância para esse marco literário na história de Betim e Região e não só de Minas Gerais, mas também em outros estados e territórios do Brasil, expresso à ela minha gratidão e carinho por todo esse tempo dedicado a descobrir e publicar autores ao nosso redor, cuidando de tudo por um significativo período nesse endereço chamado betimcultural.com.br
2. O patrocínio da Associacar Betim (Ascar). Pode parecer inusitado, mas quando recebi a notícia da Pamela, eu pensei em desistir da revista, por tempos eu andei me distanciado das edições e atualmente ando distante até mesmo do meu hábito de escrever. O que me fez decidir continuar nesse momento foi o fato de ter um contrato anual com a patrocinadora desse projeto, a Ascar. A RBC já teve mais de 85 investidores, e diante todas as transformações a Ascar permanece até hoje apoiando a revista, o que também me incentiva a ir adiante.
3. A ideia de publicação estudantil. Desde que eu deixei a editoria em 2013 de certa maneira meu contato com variados autores se desfez, na verdade, assim como eu muitos já estavam cansados da rotina mensal de escrever, o que começara por hobby se tornara uma profissão e muitos se abstiveram do cargo, a revista foi se modificando e culminou na história que você já conhece. Dessa vez querendo evitar o mesmo caminho decidi optar por textos produzidos por estudantes do ensino médio, faixa etária com a qual trabalho e de onde terei um arsenal de conteúdos para publicar. Esse fator me lembrou da minha adolescência, tempo em que eu queria mudar o mundo com uma caneta e um violão. Eu sei que esses jovens querem mudar o mundo e então aqui se abre um portal para vozes que observam dentro e fora de si.
… Pensando bem ao escrever tudo isso acho que não se trata apenas de uma nova fase da revista, mas sim de um novo ciclo.
Seja bem-vindo a 4ª geração da Revista Betim Cultural!
A seguir os autores e seus textos.
EMILLY TANGRINS
Qual é o limite?
Todo puede pasar, lo imposible es posible.
Começo com uma pergunta retórica porque a vida é retórica, mas qual o limite da vida? Qualquer pessoa responderia que o limite é a morte e é uma resposta válida, mas é muito mais complexo que isso.
A vida inexplicavelmente tem uma peculiaridade de acontecimentos que nos diminui e faz crescer e nesse encolhe e estica vai nos transformando em algo sempre inacabado, a vida faz um mix de nossos sentimentos e se alimenta.
É confuso e abre um leque de ideias e teorias, se pararmos pra pensar, teorizamos tanto a vida em busca de explica-la que acabamos nos perdendo nela, a loucura de tudo isso é que não dá pra concretizar a vida, como justificar o que cada um vai viver ou o que vai sentir em cada segundo, é aleatório e ao mesmo tempo tão pré-definido, tão proposital e único e mesmo assim nos enganamos a pensar que não, que nós temos a autoridade de dizer o que é verdade e o que é mentira e nos perdemos em nossos próprios achismos.
Não somos nada além de escolhidos pra uma vida sem manual, aprendendo no improviso a viver uma vida sem limites, tudo pode acontecer, o impossível é possível e pode ser que todas as nossas certezas estejam erradas e haverá um dia que veremos o como somos e estamos enganados.
Mas qual é o limite, o que a vida quer de nós? O que ela tem preparado pra nós? O que Deus tem em mente? Qual o seu critério? Ninguém pode responder a não ser Ele mesmo.
KETLEN VITÓRIA
O amor próprio é tudo.
¡Y hoy entiendo que mi cuerpo es perfecto para mí!
“Magrinha tadinha”
“Como é difícil achar roupa pra você”
“Deve comer nada né?!”
“Não pode fazer caminhada se não você voa”
Quantas vezes ouvi essas coisas
E hoje eu entendo que meu corpo é perfeito para mim!
Amo vestir o meu 36
Ter essa cintura fina.
Hoje eu entendendo e me amo como sou
Não deixei essas palavras fazerem minha mente.
Meu corpo é lindo como é
Todas nós somos lindas
Magras ou gordinhas,
Altas ou baixinhas,
Com estrias ou sem,
Cabelo liso ou cacheado.
Ame-se como você é
Vocês são incríveis do jeitinho que são.
THOMAS EDSON DE OLIVEIRA
Livre como um pássaro.
¿Por qué encerrarse en la oscuridad si puedo ser libre para volar?
A vida as vezes é tão confusa… De repente tudo parece não estar certo… Eu penso: Ah, é apenas uma fase, mas nem sempre esta frase de autoconfiança funciona…
Mas aí penso: pra que viver assim? Por que tem que ser assim se sou livre para decidir quem sou?!… Minha vida, meus sonhos, minhas conquistas, meu futuro está tudo nas minhas mãos, e eu não dependo de ninguém para que o melhor se torne realidade; tenho que apenas contar comigo!
Quero ser livre como os rios querem encontrar o mar, como o pássaro quer encontrar o céu… Por que se me esconder na escuridão se posso ser livre a voar?…
Liberdade, Liberdade!
Liberdade pra sorrir, liberdade pra cantar, liberdade para ser quem realmente sou, liberdade para conviver com quem quero, liberdade para ajudar quem posso, liberdade para ser alguém melhor…
A vida é muito curta pra vivermos tristes, então um sorriso pode não ser real, mas pode deixar meu mundo melhor!
Nos vemos na próxima edição. Obrigado por sua leitura!
PARTICIPE
Envie textos de sua autoria para a Betim Cultural. Eles poderão ser publicados aqui na revista. Interaja também com sugestões, comentários e críticas: participe@betimcultural.com.br
Edição publicada por
Tiago Henrique
thvirtual.com
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